A Síndrome de Burnout, também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, é considerada como um evento psicossocial ligado diretamente à situação laboral, em que o sujeito busca a realização pessoal através do seu trabalho. Portanto, é tida como uma doença de trabalho.
O termo “burn” significa queima e “out” significa exterior, sugerindo que a pessoa com esse tipo de estresse se consome física e emocionalmente, passando muitas vezes a apresentar um comportamento agressivo.
A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho.
Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes.
Profissionais da Saúde em geral, principalmente Médicos e Enfermeiros Jornalistas, Advogados, Professores, Psicólogos, Bombeiros, Carcereiros, Oficiais de Justiça, Assistentes Sociais, Executivos e executivos.
A Síndrome de Burnout também pode acontecer quando o profissional planeja ou é pautado para objetivos de trabalho muito difíceis, situações em que a pessoa possa achar, por algum motivo, não ter capacidade suficiente para os cumprir.
A Síndrome de Burnout é uma deterioração que afeta os aspectos emocionais e físicos do indivíduo, o que o leva a um declínio profissional. O primeiro registro realizado na área médica, foi em 1974 pelo psicólogo norte americano Freudenberger, o que relatou os sintomas em que ele e seus colegas de profissão estavam enfrentando, após este evento, diversos estudos foram realizados para tentar avaliar suas consequências.
Atualmente, tal transtorno é encontrado dentro da Classificação Estatística e Internacional de Doença e Problemas Relacionados a Saúde (CID-10) O grupo mais afetado pelo transtorno são aqueles cuja vida profissional e pessoal são muito atribuladas, principalmente aqueles que carregam uma dupla jornada. Segundo dados do Internacional Stress Management Association no Brasil (Isma-BR), está síndrome acomete cerca de 33 milhões de brasileiros.
O Burnout também está relacionado ao fator de trabalhos que exigem muito das pessoas, o que as fazem se tornarem exageradamente perfeccionistas. A demanda acentuada relacionada a estás pessoas (seja por elas mesmos ou por seus superiores), acaba afetando de forma negativa sua vida profissional e pessoal.
No que tange ao gênero feminino, cabe ressaltar que muitas delas acabam sendo mais afetadas em decorrência de suas jornadas duplas, pois além de exercer seus empregos, ainda trabalham nos seus afazeres domésticos e na maternidade, difundindo muitas vezes com o papel de esposa e estudante.
Algumas profissões são mais propensas ao Burnout, tais profissionais focam tanto em suas obrigações que acabam se esquecendo dos momentos de lazer e descontração, não conseguindo relaxar e acumulando pensamentos de alerta devido as suas atuações profissionais, o que os fazem se sentirem sempre exaustos.
Os sintomas mais comuns da Síndrome de Burnout são:
Vale a pena ressaltar que, em determinados casos, o distúrbio pode ocasionar problemas físicos como hipertensão, dores musculares e de cabeça, fadigas excessivas e problemas estomacais como gastrite.
Para o diagnóstico, deve-se levar em conta as características individuais de cada um, associadas às do ambiente e às do trabalho, que propiciam o aparecimento dos fatores multidimensionais da síndrome: exaustão emocional, distanciamento afetivo e a baixa realização profissional.
A prevalência do Burnout nos vários países ainda é incerta, mas dados apontam acometimento significativo que justifica mais estudos a respeito dessa patologia com fatores de risco multifatoriais (indivíduo, trabalho, organização).
Em primeira partida, um acompanhamento médico e/ou psicológico, pode auxiliar no diagnóstico e nível que se encontra. O tratamento da Síndrome de Burnout é feito basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver o uso de medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). Em muitos casos o acompanhamento psicológico consegue amenizar os efeitos e sintomas, porém em casos mais graves, o uso de medicação se faz necessário, por isso salientamos a importância de se procurar um psicólogo e um psiquiatra.
Mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilo de vida (atividade física e de relaxamento, dieta equilibrada etc.) são fundamentais.
Principais formas de prevenção:
Para mudanças positivas, as decisões nas instituições têm de ser baseadas em evidências científicas sobre a abordagem e o tratamento que mantenham a saúde mental para, só assim, alterarem as políticas de benefícios e os recursos humanos direcionados.
Referências: Ministério da Saúde: www.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-mental/sindrome-de-burno